sexta-feira, dezembro 12, 2014

Eleições autárquicas à vista

Por Jemusse Abel
Quem deve ser o presidente do meu município? Um contributo para o povo de Cuamba.

Esta é uma questão que cada um deve se colocar para que não se deixe levar pelos enganos e escolhas de outras pessoas. Antes de mais, é bom que saibamos que o município é o lugar onde a relação entre povo e governo é quotidiana e permanente; onde as reivindicações sociais para que se atendam suas demandas e necessidades se tornam realidade; onde o representante popular ou autoridade local vive mais nítida e intensamente a responsabilidade de atender de forma eficaz as reivindicações sociais, já que se não for assim sofrerá directamente a irritação e o descontentamento social pela ausência de respostas. 


A crescente concorrência política pelos governos locais obriga, hoje, aos que desempenham cargos de serviço público neste nível a buscarem consenso entre os diversos actores sociais para impulsionar planos e políticas, a potencializarem suas capacidades para realizarem um bom exercício de governo, e a alcançarem condições de convivência social e política que lhes permitam impulsionar as tarefas governamentais que o desenvolvimento municipal requer. Administradores municipais arrogantes (que dizem o povo vê a cidade pelo google) que não conseguem responder as reais aspirações do povo devem ser penalizados pelo voto, e nada de votar pelo partido que este indivíduo pertence mas pela personalidade, responsabilidade e seriedade.

A autoridade municipal que se almeja é aquela capaz de gerar processos de concertação e participação cada vez mais amplos sem olhar nas diferenças partidárias, regionais, tribais, etc. Para realizar esta tarefa, os vereadores e outros funcionários municipais devem ser promotores e que favorecem as dinâmicas de grupos, desde a formação e consolidação de equipas de trabalho, o fortalecimento da câmara municipal como instância colegiada, e a articulação com os diferentes sectores da população e com outros governos. Seu papel como servidores públicos coloca-os no centro desta grande quantidade de relações que devem ser atendidas adequadamente para se atingir os objectivos que o governo estabeleceu para si. O presidente do município deve ser aquele que partilha com o seu povo as dificuldades que o município enfrenta e buscar dentro dos seus munícipes as possíveis soluções dos problemas, este constitui um dos pilares da governação participativa. Deve ser um indivíduo que evita enganar o povo porque afinal de contas o povo tem o dever de cobrar as satisfações. E quando se chega nestes extremos o povo não quer saber das dificuldades.

O presidente do município deve ser um indivíduo com um grau de humildade muito elevado, que independentemente do tempo e das circunstâncias se encontra disponível para dar uma mensagem de esperança aos munícipes perante os problemas que os aflige. Trabalhando assim será capaz de mobilizar o povo a fazer alguns trabalhos pontuais e sem no entanto esperar das autoridades municipais.

Meu presidente do município deve ser um visionário que sonha com um município grande com infra-estruturas básicas para o bem-estar do cidadão. Isso só é possível com um Mayor que sabe fazer lobbies aos vários níveis para mobilizar os investidores a olhar e instalarem-se na sua área para garantir o desenvolvimento multifacetado. É estranho e grave quando decorridos 5 anos de um mandato, alguns municípios não tenham pelo menos uma instituição bancária com tantos bancos que buscam hoje espaços para instalarem-se, e que os munícipes são, obrigados a deslocarem-se para cidades capitais ou outros municípios mais próximos para se beneficiarem dos serviços bancários.

Um presidente deve ser muito popular, conhecido por todos os cidadãos do seu município desde crianças até o idoso, porque ele visita os bairros, desde aos méis pacatos aos mais evoluídos, conversa com munícipes encoraja o povo a intervir usando os seus meios para garantir a sanidade dos bairros. Só assim as medidas tomadas pelo município serão bem acatadas pelo município porque os projectos são partilhados dia ao dia. Não é um gabineteiro que até os seus próprios munícipes só o contemplam pela televisão.

Deve ser modelo de boa conduta, para que as crianças, jovens o olhem como inspiração para o seu futuro, pois desta forma será digno de ser Herói por ter deixado um legado não só material mas também imaterial (a moral e humanismo), pois um presidente ligado á actos indecorosos perde a liderança e o povo se torna ingovernável. Espero ter contribuído para boas escolhas.


Vamos todos votar pela competência e desenvolvimento!

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