sexta-feira, março 28, 2014

Presidente da CNE atira culpa aos partidos políticos

Depois de ouvir atentamente as observações dos participantes, Abdul Carimo, presidente da Comissão Nacional de Eleições, reconheceu os problemas, porém, considerou que parte dos mesmos se deve à interferência dos partidos políticos, o que acaba por retirar brio ao trabalho dos órgãos eleitorais. “Sentimos que nos processos de votação, em particular, existe, por parte de muitos partidos políticos, a tendência de influenciar os brigadistas que estão nas mesas de voto”, justificou.
Numa outra vertente, Carimo alegou que, não raras vezes, o trabalho da CNE e do STAE tem sido condicionado por algumas lacunas existentes na legislação eleitoral. “A nossa legislação continua a ter algumas lacunas, mas é algo que faz parte do passado. Gostaríamos que os partidos interviessem menos na votação e que endossassem tal tarefa aos órgãos eleitorais”.
Em relação aos ilícitos eleitorais registados nos pleitos eleitorais e que, curiosamente, favorecem o partido no poder, Abdul Carimo diz que a CNE não pode responsabilizar os seus autores uma vez que se trata de um assunto de fórum criminal, que só pode ser resolvido pela Procuradoria-Geral da República. Devido ao facto de estes casos não terem tido desfecho, a Comissão Nacional de Eleições vem recebendo “puxões de orelhas” do Conselho Constitucional e, principalmente, da sociedade civil. Esta última chegou ao extremo de acusar a CNE de cumplicidade e de falta de vontade e interesse de pôr fim a situações do género.

Fonte: @Verdade - 27.03.2014


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