quarta-feira, junho 12, 2013

Parlamento Juvenil lança operação contra "apatia e controlo ideológico" em Moçambique

A organização moçambicana Parlamento Juvenil (PJ) lançou em Chimoio, centro, a "operação voto jovem", para apelar à "cidadania ativa, quebrar silêncio e apatia dos jovens" e incentivar a participação na politica, disse à Lusa fonte da organização. Salomão Muchanga, presidente do PJ, disse que a iniciativa, que antecedeu a divulgação do manifesto político da agremiação, uma espécie de guia para rito de iniciação política dos jovens, pretende garantir que as eleições autárquicas de 20 de novembro e gerais de 2014 não tenham níveis altos de abstenções.

"Precisamos de lutar contra o desinteresse dos jovens na política no país e motivar para a compreensão profunda dos valores das eleições, sem qualquer controlo ideológico", disse Salomão Muchanga, lamentando "a instrumentalização e a humilhação dos jovens pelos políticos", no país. O responsável disse ainda que o projeto vai estabelecer um "diálogo político social novo, criar um paradigma construtivo e plataforma analítica "da miséria  strutural e violência simbólica permanente", na qual os jovens possam ter uma voz sonante.
"Queremos no processo eleitoral uma juventude orgulhosa do seu papel, que erga a sua voz, que assimila e defenda, suporta as inquietações de um processo de desenvolvimento nacional", precisou Salomão Muchanga. "Esse exercício nacional de organização e preparação do programa tem em vista tomada de consciência sobre o valor das eleições, estamos a dizer que as eleições servem fundamentalmente para glorificar quem trabalha bem, e penalizar aquele que trabalha mal, e nunca para a resignação", disse Salomão Muchanga.
Ainda segundo a fonte, "a democracia precária e o capitalismo improdutivo" que se vivem no país "enfraquecem as perspetivas sociais dos jovens", colocando-os vulneráveis à instrumentalização e humilhação, pelo que "urge" criar estruturas de intervenção dos jovens numa perspetiva de ação coletiva.
O lançamento da iniciativa envolveu jovens das províncias de Manica, Sofala, Tete e Zambézia (centro), que foram chamados a ser politicamente conscientes e preparados para a sua responsabilidade contra a exclusão politica.

Fonte: LUSA – 11.06.2013

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