sábado, novembro 24, 2012

SADC NÃO VAI TOLERAR OCUPAÇÃO DO LESTE DO CONGO

O secretário executivo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), o moçambicano Tomaz Salomão, disse esta Sexta-feira que esta organização regional não vai tolerar a insurgência militar no leste da República Democrática do Congo (RDC).


Esta advertência surge na sequência da ocupação, desde Terça-feira última, de Goma, a capital da província do Kivu Norte, pelos rebeldes do Movimento 23 de Março (M23), que se acredita serem apoiados pelo governo do vizinho Ruanda.

Falando em entrevista a agência zimbabweana de notícias, a New Ziana, Tomaz Salomão disse que a SADC não irá parar e assistir o seu país irmão (RDC) a ser atirado para um novo caos.

“Não iremos tolerar a ocupação (do leste do Congo). A guerra tem simplesmente que parar e as partes devem negociar e resolver as suas diferenças”, disse Salomão.

Nos últimos meses, o leste da RDC tem vivido numerosas disputas entre o exército e rebeldes do M23, que se intensificaram em Abril último.

Depois da ocupação de Goma esta semana, a comunidade internacional condenou a acção do M23 e exige a retirada imediata do M23 daquela cidade, bem como a cessação de mais hostilidades pelos rebeldes, e convidou aos seus membros a deporem as armas.

Na sua entrevista a New Ziana, Tomaz Salomão não revelou a acção a ser tomada pela SADC no caso dos rebeldes do M23 continuarem com a sua insurgência.

Há sensivelmente uma década houve uma intervenção militar da Angola, Namíbia e Zimbabwe numa insurgência similar na RDC. Os rebeldes, que na altura eram apoiados pelos vizinhos (da RDC) Burundi, Ruanda e Uganda, foram derrotados e restaurada a paz.

A actual situação da RDC levanta ameaças de eclosão duma guerra civil no Congo.

Tomaz Salomão disse que por agora a SADC irá apoiar os esforços de paz levados a cabo pelos países vizinhos do Congo dirigidos pelo Uganda. Este Domingo, a capital ugandesa, Kampala, irá acolher uma cimeira regional sobre o conflito no Kivu Norte.

“Vamos dar benefícios aos esforços de paz. Apoiamos isso”, disse Salomão.

Fonte: AIM - 23.11.2012

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