segunda-feira, setembro 24, 2012

Confusões amorosas colocam Primeiro-ministro do Zimbabwe em xeque

A liderança do primeiro-ministro do Zimbabwe, Morgan Tsvangirai, que muitos consideram a única alternativa viável ao presidente Robert Mugabe, foi colocada em xeque por um deslize que nada tem a ver com a política: a sua incansável vida amorosa.

O seu nome já foi associado a seis mulheres desde a morte da sua primeira esposa, Susan, num acidente de trânsito, em 2009. Por isso, Morgan Tsvangirai ganhou um jocoso apelido: "Moregirls", que em inglês significa mais garotas.

O último capítulo da novela que parece protagonizar o líder do Movimento por Mudança Democrática (MDC) aconteceu no fim de semana passado, quando o líder voltou a casar-se.

Na realidade, Tsvangirai realizou uma cerimônia tradicional africana para se unir com Elizabeth Macheka, já que o casamento legal não pôde ser consumado pois uma antiga amante do primeiro-ministro, Locardia Tembo, alegou na justiça que o político, de 60 anos, já estava casado com ela.

Em 21 de novembro do ano passado, Tsvangirai pagou à família de Locardia o tradicional dote desembolsado para se casar com uma mulher.

Apenas nove dias depois, no entanto, o chefe do Executivo considerou que o enlace era "inconcebível" devido a supostas interferências no processo por parte de agentes de segurança, sob o controle do seu oponente político, Mugabe.

Além disso, uma mulher assegurou que Tsvangirai viajou com ela num luxuoso cruzeiro e prometeu casamento, o que foi a pá de cal para prejudicar a sua imagem para as eleições presidenciais, que deve ser realizadas nos próximos meses.

O amor, defendeu-se Tsvangirai durante a cerimônia de sábado passado, "é como um espírito que flutua sobre muitos ''médiuns'' antes de escolher o eleito".

"O amor testa se o coração é forte antes de ficar", disse o líder, que divide desde 2009 o governo de coligação com a União Nacional Africana do Zimbabwe-Frente Patriótica (Zanu-PF), de Robert Mugabe.

O ex-ministro de Informação, Jonathan Moyo, antigo membro da Zanu-PF, não hesitou em criticar o apaixonado primeiro-ministro num artigo no jornal Sunday Mail: "Se um candidato a líder nacional não sabe nem governar a sua braguilha, que demônios ele pode controlar realmente?".

"Os eleitores podem confiar em Tsvangirai? De facto, alguém pode? A resposta é que só se pode fazer isto por própria conta e risco", finalizou Moyo.

Em declarações à Agência Efe, o analista político Pedzisai Ruhanya afirmou num tom mais suave que "o primeiro-ministro não se comportou como se espera de alguém no seu cargo".

O jornal independente "Newsday", que normalmente defende a causa do MDC, publicou no seu editorial de segunda-feira passada que "as suas palhaçadas sexuais são abomináveis".

"Um líder como ele não deveria se comportar de forma imprudente. Nesta era da sida, é alarmante que o primeiro-ministro pratique sexo sem protecção, não só com uma mulher, mas com várias", acrescentou o jornal.
Talvez em parte pela turbulenta vida pessoal de Tsvangirai, um antigo operário do sector têxtil e sindicalista, o MDC perdeu força entre os eleitores nos dois últimos anos.

Segundo uma pesquisa publicada recentemente pela organização americana Freedom House, o apoio ao MDC passou de 38% em 2010 para 20% actualmente, uma evolução oposta a da Zanu-PF, que chegou ao poder em 1980 e que passou de 17% para 31% no mesmo período.

O MDC assegurou que Tsvangirai foi vítima de um complot da Zanu-PF para denegrir a sua imagem e tirar vantagem política nas próximas eleições.

Mas o acadêmico da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, Brian Raftopoulos, acredita que o primeiro-ministro "continua a ser o factor dominante do MDC" e que "a sua liderança é inquestionável".

Esta é a mesma linha defendida pelo analista Ruhanya, para quem "apesar dos seus erros, o primeiro-ministro continua a ser o político mais popular" do país.

No entanto, só as próximas eleições, que continuam sem data definida, servirão para definir se Tsvangirai conquistará o poder ou se os seus namoros jogarão por terra a sua ambição política.

Fonte: EFE in Rádio Moçambique – 22.09.2012

2 comentários:

Reflectindo disse...

Eu não acredito que esse seja problema. Ora o próprio Mugabe pegou na sua jovem secretária, O Zuma anda aí com tantas e novinhas, Mswati é outro, em cada ano pega uma, Zedú pega ministras, em Mocambique cada um tem bwe e nunca influência no apoio político.
A questão fundamental da queda do MDC só deve ser o GUN (Governo da Unidade Nacional) que o desgastou ou desgasta. O meu munna Nelson Livingston e eu já prevíamos esta consequência.

Anónimo disse...

O AMOR E AMOR, nao conhece rca, lugar nem nada, quando te apanha ficas escravo mesmo, nem quer saber da idade. Se alguem fica apaixonada entao tem que casar com a fulana, nao conheco a maneira de fugir disso, se os pais querem lobolo entao se paga o lobolom isso e justo craiaram a bela muchacha e tem que ter beneficios. A vida ultimamente e dura nao e como nos tempos do papa samora em que tibhamos tudo, bastava ir as cooperativas e comprar, agora e suat e suar bem, mas esta situacao tambem tm os seus positivos, se alguem ama tem que trabalhar para conquistar a amada, ate na antiga Israel se nao estou em erro um homem trabalhou 7 anos para conseguir o lobolo para sua amada e mais outros 7 anos para druga, eu nao gosto de refilar, trabalho e trabalho, nao tem importancia se e sapateiro ou advogado, dinheiro nao cheira mal e lobolo e ,obolo. Eu ainda nao tive esse previlegio de pagar lobolo, e como se diz nao vou mecher aguas que nao bebim contudo a questao fica clara, que nao importa se ela e chinesa, branca, negra ou qualquer, tudo faz mas a india tem o seu dinheirinho e isso ja vale a pena, nao e que o amor seja negocio, mas as indianas sao bonitas e ricas e isso sempre adoca o amor. Ontem por exemplo sonhei que la na marginal poderia ter um jantar romatico com velas e ao calor do verao, franco cafrial com piripiri, e depois pedir a mao a Sidalia, Sidalia e a minha colega ja desde a escola primaria terminamos juntos a escola secundaria, para mas nao deu certo, mas e melhor que no tempo dos nossos pais que so tinham 4 classe, wu tenho a 9 classe espero que o meu filho, isto se a sidaloa me quizer, que esse filho termine 12 classes, o que seria bom. Por outro lado o amor como dizia camoes e uma flor que nunca murcha e Kael Marx disia que a cada um segundo as suas necessidades, e todos tem direito ao amor ate mesmo primeiro ministro, reis etc. Recordo0me de um ditado chines que estudeu decor - quem ama ama e pronto!- gosto deste ditado os ditados chineses por vezes sao muito intuitivos, mas os ditados indianos esses sao mais perceptivos por exemplo este - O amor vem e vai- Os arabes sao mais agrecivos. - cirte o corracao para tirar o amor.