quinta-feira, maio 17, 2012

Em Moma não há moçambicanos que possam receber bolsas de estudos, afirma Director da Kenmare

O director residente da Kenmare em Moçambique, Gareth Clifton, considera que na localidade de Topuito, no distrito de Moma, na província nortenha de Nampula, não há moçambicanos que possam beneficiar de bolsas de estudo, da empresa que dirige, para o ensino superior dentro ou fora do país.

Gareth Clifton, que falou em exclusivo ao nosso jornal aquando da divulgação do relatório trimestral apresentado em Nampula, afirmou ainda que neste momento a sua empresa tem vindo a promover formações profissionais periódicas junto da Direcção Povincial de Trabalho no Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFP), em Nampula.
Segundo o nosso entrevistado este ano beneficiaram de bolsas de estudo cerca de 10 alunos do nível básico secundário da localidade de Topuito que estão no lar da vila do distrito de Moma.
Quando questionado sobre a razão da não atribuição de bolsas de estudo a pessoas que concluíram a 12ª classe Clifton afirmou que “na localidade de Topuito quando chegámos não havia sequer uma escola primária e em consequência disso não existem indivíduos com o nível médio”.
Porém a afirmação do director da Kenmare em Moçambique contradiz as reclamações feitas há anos pela população segundo a qual os filhos de Topuito deviam beneficiar de bolsas de estudo ligado às áreas mineira. Porém o entendimento deste gestor é que os beneficiários dos apoios da Kenmare devem ser pessoas que vivem nas proximidades da mina e não os outros cidadãos nacionais que residam noutros pontos do país.
Importa referir que os líderes comunitários do distrito de Moma, com destaque para os líderes da localidade de Topuito, já se reuniram por várias vezes com a direcção da Kenmare sobre esta situação de bolsas de estudo para os filhos dos naturais da localidade ou distrito de Moma mas que houve impasse da parte dos exploradores das áreas pesadas de Moma.
Algo pode estar a ser feito noutros sectores de actividade principalmente na responsabilidade social da empresa mas no terreno a população não tem visto grandes melhorias nas suas condições de vida.

Fonte: @verdade - 16.05.2012

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