terça-feira, setembro 20, 2011

Jovens da Frelimo em Nampula marcham pela paz

Atencão: abaixo deste artigo do O País, fiz alguns questionamentos tanto para a Frelimo e frelimistas como para uma reflexão individual. Deixei também a minha opinião em forma de comentário.

Centenas de jovens, membros e simpatizantes da Frelimo marcharam pela paz em Moçambique, num evento havido no distrito de Memba, província de Nampula. A marcha foi mobilizada durante a visita de trabalho que o secretário do comité central para mobilização e propaganda, Edson Macuácua, realizou àquela província do norte do país.
O movimento tinha como objectivo apelar a não violência e à promoção do diálogo na resolução de conflitos no país, uma forma de dissuadir manifestações que vêm sendo propaladas pelo líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
oriundos de todos os distritos da província de Nampula, no âmbito do acampamento juvenil, a marcha iniciou com uma cerimónia tradicional e seguiu-se até à vila sede do distrito de Memba. Empunhando velas e entoando cânticos de paz, os jovens apelaram a todas as forças vivas da sociedade, sobretudo políticas, para a necessidade de aprofundar o diálogo e publicamente mostrar que são pela paz e pelo não à guerra, à violência, pois ceifam vidas, derramam sangue de inocentes e paralisam o país. Na ocasião, Macuácua disse que os jovens são a força fundamental para as decisões do país, razão pela qual devem ser eles a trabalhar pelo não à violência e destruição do país.

Fonte: O País online - 20.09.2011

Reflectindo: 1) À la Angola? 2) O que é violência? 3) A Frelimo é pacífica? E o que é ser pacífico?
Numa terca-feira, penso que foi no dia 6 do corrente mês, acompanhei os discursos de Afonso Dhlakama e Edson Macuácua, pela Rádio Mocambique. Por sinal Macuácua já estava também em Nampula. Eu fiquei sem levar a sério o que podia constituir ameaca de Dhlakama. A mim, o suposto aquartelamento de ex-guerrilheiros da Renamo, é a única coisa que podia pensar ser um perigo criado por Afonso Dhlakama, mas não acredito que isso vai acontecer. Entretanto fiquei desiludido como fico muito mais agora pela incapacidade da Frelimo, na pessoa pessoa de Edson Macuácua, em não ver ou querer ver o que pode criar guerra em Mocambique. Fico muitíssimo desiludido quando voltam à táctica dos anos 70 e 80 que em nada surdiram. É isso que Afonso Dhlakama aproveita e diz ou pelo menos naquele dia disse claramente. Afinal, Dhlakama está apenas a explorar o sentimento dos mocambicanos, incluindo os forcados a portar o cartão vermelho por questões de sobrevivência. Quanto ao resto, só Dhlakama e Chissano e Renamo e Frelimo sabem o que tinham combinado em Gaberone e Roma, até porque alguns dos consensos são à custa dos vítimas dos dois beligerantes.
Não vejo o efeito do discurso de Dhlakama a não ser que alguém venha me provar. Repito, o que ouvi de Dhlakama naquela reportagem da RM é que ele explora o sentimento popular, fazendo apenas previsões. Por exemplo, a partidarização do país é o que ele tocou. Eu considero este assunto de uma solução que está nas mãos da Frelimo como partido no poder e que não se negocia com nenhum partido. Os problemas que possam criar instabilidade em Moçambique estão sendo todos os dias a serem apontados por cidadãos de boa fé, mas infelizmente, não há resposta por parte de quem tem o dever de respondê-los.
Há que reconhecermos que quando houve manifestacões em Maputo e Matola, Dhlakama estava ainda fechado em Nampula. Que Dhlakama não é quem agitou no Norte de África.
Leiam e escutem o MARP e outros cidadãos de bom senso para evitar instabilidade em Mocambique. Manifestacões contra-manifestacões só aticam guerra.

4 comentários:

Reflectindo disse...

Tenho para este artigo muitas questões que coloco à Frelimo e frelimistas.

Miller A. Matine disse...

Bons questionamentos.

Acho interessante essa tactica do Dhlakama explorar a emocao do povo e dela fazer previsoes.

Eu, pelo menos, equiparo Dhlakama ao filosofo alemao Friedrich Wilhelm nietzsche: aquele que somente ficou percebido com uma geracao futura!

Continuemos,
Miller (Lepidoptero)

Reflectindo disse...

De facto nessa gravacão, e a RM tem, Dhlakama fala de manifestacão pacífica; de a Frelimo não ser banida, mas ser obrigada a deixar o poder; de a Renamo não tomar o poder a forca. Sobre manifestões Dhlakama já fala desde 2009 e até agora nunca tiveram lugar.

Anónimo disse...

Meus caros a realidade é dura.
Penso que estas eleições intercalares medirá o pulso popular da Frelimo, se elas forem livres e sem interferÊncias de batotagem e ladroagem.
Pode ser o copo do derrame!Esperemos que não, e que os moçambicanos comecem a trabalhar em vez de andarem a PEDINCHAR, E CANTAREM A MUSICA DA POBREZA ABSOLUTA!
Se o povo votar na Frelimo, demonstra inapetência, analfabetismo, povo encostado na ladroagem, somális transladados da África Austral!Em suma um povo que gosta a PREGUIÇA como modo de vida!
Não acredito que seja assim, mas...vá o diabo tecê-las.
Estas eleições vão animar!