quinta-feira, maio 19, 2011

Principais doadores querem "mais progressos" no combate à corrupção

O grupo dos 19 principais doadores do Orçamento do Estado moçambicano defendeu hoje, em Maputo, "mais progressos" no combate à corrupção, apontando a adoção de uma lei sobre conflito de interesses como uma das ações necessárias no país.

O G-19, como são conhecidos os maiores doadores do Orçamento Geral do Estado moçambicano, exortaram também o Governo a promover uma maior transparência na declaração de bens dos dirigentes do Estado, durante a reunião final de revisão do desempenho de 2011 com o governo moçambicano.

"Os parceiros internacionais avaliaram que são necessários mais progressos e a este respeito a Revisão Anual destaca a importância que atribuímos às ações chave a serem realizadas em breve pelo Governo, principalmente o pacote legislativo anti-corrupção, incluindo o conflito de interesses, a declaração de bens e a proteção de denunciantes", disse Shaun Cleary, alto comissário do Reino Unido e o presidente cessante do G-19.

Moçambique deve também empreender mais esforços visando uma "redução rápida e substancial da pobreza", apostando no incremento da produtividade agrícola, na criação de empregos e melhoria do ambiente de negócios.

"Os resultados da avaliação da pobreza revelaram que enquanto tem havido melhorias importantes ao longo dos últimos anos em termos de crescimento económico, o acesso a serviços tais como saúde, educação e infraestruturas de investimento, os níveis de pobreza continuam altos", enfatizou o presidente do G-19.

Apesar das preocupações dos doadores, Shaun Cleary assegurou que o apoio a Moçambique vai continuar, uma vez que "existe uma base satisfatória" para manter a cooperação.

Para o Orçamento do Estado de 2011, o G-19 desembolsou 464 milhões de dólares (325,5 milhões de euros), contra 467 milhões de dólares em 2010 (327,6 milhões de euros).

PMA

Fonte: Notícias Sapo - 19.05.2011

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