sábado, maio 28, 2011

Carpintaria de Muxara: Wiwanana Ethú Yorera

Por Pedro Nacuo

Carpintaria de Muxara abraça associativismo

A IDEIA de implantar uma carpintaria no bairro suburbano de Muxara, município de Pemba, começou com Subuhana Fihimo, em 2001. Hoje é uma associação, denominada “Wiwanana Ethú Yorera” (entendimento é bom), com oito mestres, treze aprendizes, entre os quais meninos dos sete aos 12 anos de idade, que nos seus tempos livres se entregam à actividade como adultos.

Os meninos estão organizados conforme os seus turnos escolares, de tal ordem que os que estudam no período de manhã estejam na carpintaria a partir das 14.00 horas, para substituírem aqueles que vão à escola no período da tarde.

“Eles gostam e alguns já praticam esta actividade ao nível de alguns mestres, são bons rapazes”, afirmou Subuhana Fihimo, responsável da carpintaria (associação) que também disse ter sido contactado por alguém responsável para acolher um grupo de jovens para lhes ensinar aquela arte e oficio, no quadro da necessidade cada vez mais premente de profissionalizar a actividade.

A maioria dos associados vive no mesmo bairro, mas os outros interessados, sobretudo aprendizes, vêm de outros pontos, grosso modo, dos distritos vizinhos de Pemba-Metuge e Mecúfi.

A carpintaria, conforme Subuhana Fihimo, alimenta-se da madeira comprada fundamentalmente em Impiri, uma aldeia à beira da estrada, no distrito de Ancuabe, apesar de no bairro de Muxara estarem localizadas muitas serrações da maioria das grandes empresas de exploração florestal de Cabo Delgado.

“Pode-se pensar que estamos bem localizados, em função das serrações que temos aqui em Muxara, mas só a Miti, Lda., é que às vezes nos tem vendido madeira. As outras empresas, principalmente as chinesas, são complicadas”, explicou o chefe da associação “Wiwanana Ethú Yorera”.

Camas, cadeiras, estantes, portas, janelas, cristaleiras, são, entre outros, produtos mais encontrados na cooperativa, por serem procurados por quase todas as camadas sociais, principalmente aqueles que estão a iniciar as suas vidas.

“Mas também temos recebido obras de empreiteiros, por exemplo, aqueles que estão a construir. Às vezes correm para encomendar aqui, principalmente portas e janelas e nessas situações sentimo-nos folgados, mais ajudados, porque temos trabalho já com mercado imediato e garantido”, disse Fihimo.

Subuhana Fihimo acrescentou que a associação tem uma conta bancária aberta em seu nome, mas para garantir transparência, os talões de depósito não ficam com ele. Ficam com um outro membro da “Wiwanana Ethú Yorera”, razão por que não conseguiu dizer ao nosso jornal quanto dinheiro tem na conta, como produto do trabalho associativo.

“Não sei. Apenas sei que sempre depositamos dinheiro. A conta está em meu nome, mas para não haver problemas, os documentos ficam com outra pessoa e assim garantimos segurança”, explicou o responsável da associação.

Fonte: Jornal Notícias - 28.05.2011

3 comentários:

Anónimo disse...

…a madeira apreendida em Janeiro último quando estava para ser exportada ilegalmente, por não ser processada, segundo manda a lei, acabou sendo vendida em hasta pública na cidade de Pemba…

A madeira, segundo dados na altura colhidos pelo “Notícias”, era de empresas de madeira pertencentes a cidadãos chineses, nomeadamente Mofid, Pacif, Sinlian, Alphaben e Tienhe…

O cidadão chinês Haindong Lim, que, segundo o que sabemos, pertence à empresa Tienhe, do grupo das prevaricadoras atrás citadas, é que ganhou a hasta pública que teve lugar em Pemba, ao desembolsar o valor de 20 798 157,20 meticais.


Maputo, Sábado, 28 de Maio de 2011:: Notícias

Reflectindo disse...

Portanto, os mesmos que iam exportar a mandeira ilegalmente, legalizou-a, pelo menos desta vez?...

Anónimo disse...

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