terça-feira, agosto 31, 2010

Custo de vida: PRM alerta que não vai tolerar manifestações ilegais

O Comando Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), anunciou estar preparada para fazer face a quaisquer actos ilegais que possam resultar de alegadas manifestações programadas para ocorrerem amanhã, quarta-feira, em todo o país.
Pedro Cossa, porta-voz da corporação, convocou a imprensa para comunicar a posição das autoridades, na sequência da circulação de mensagens electrónicas convocando as pessoas a aderirem a manifestações contra o aumento do custo de vida no país.
As autoridades policiais, de acordo com Pedro Cossa, consideram que se está perante uma tentativa de manipulação do cidadão e que a PRM não tem conhecimento de alguma manifestação legalmente programada e autorizada.
“Estamos dispostos a estabecer a ordem e segurança com todos os meios, se a isso formos obrigados”, disse o porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique.
Por sua vez, a Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO), distancia-se das ameaças de uma eventual greve à escala nacional e garante que o sistema de transporte semi-colectivo de passageiros vai funcionar normalmente.
Luís Munguambe, Vice-presidente da FEMATRO, disse aos jornalistas ter tranquilizado a todos os transportadores que o conctaram na sequência das SMS que convocam os cidadãos a aderirem às alegadas manifestações.
“Garanti a todos eles que nenhum veículo será vandalizado e que, por isso, devem circular normalmente”, afirmou Luís Munguambe, acrescentando ter recebido, por sua vez, garantias de segurança e tranquilidade para todos os cidadãos.
Os recentes aumentos dos preços do pão, electricidade e combustíveis, estão a levantar receios da eclosão de violentos protestos semelhantes aos de 5 de Fevereiro de 2008 contra o aumento nas tarifas dos "chapas", e que geraram confrontos com a polícia e a paralisação do comércio e outras actividades na cidade de Maputo.
Na altura, a capital moçambicana ficou transformada numa cidade em estado de sítio, com contentores de entulho virados, montes fumegantes de pneus ardidos, com barricadas de fogo em algumas das artérias da cidade, além de empresas, escolas e comércio fechados.
Os tumultos, em Maputo e Matola (arredores da capital) causaram quatro mortos e 98 feridos, de acordo com o balanço final oficial.

Fonte: Radio Moçambique - 31.08.2010

1 comentário:

Anónimo disse...

Afinal a policia já sabia.
O PR Guebuza já sabia.
Porque é que atrasaram 8 horas para restabelecer a ordem?
A polícia está também infiltrada.
Lamentável, deviam ser demitidos 5/6, incluindo o Pacheco e Mandra!
Porque não patrulharam as ruas ontem, em prevenção?

FUNGULAMASSO