quarta-feira, junho 30, 2010

Na Jamaica: Barão de droga preso

A polícia jamaicana anunciou terça-feira a prisão de Christopher “Dudus” Coke, o traficante de drogas mais procurado do país, apoiante e financiador do Partido Trabalhista no poder.
Ele entregou-se aos policiais com a intermediação de um pastor evangélico. Em Maio, 73 pessoas morreram durante confrontos entre as forças de segurança e gangues que resistiam à ordem de captura do traficante.
Coke, de 42 anos, é acusado de tráfico de armas e drogas. Ele corre o risco de ser extraditado para os EUA, onde deve cumprir pena de prisão perpétua. De acordo com informações da polícia local, ele entrou de maneira inesperada numa esquadra de policia acompanhado do reverendo All Miller, o mesmo que mediou a rendição do irmão de Coke, no início do mês.
A prisão encerra uma violenta busca. No mês passado, durante quatro dias, uma onda de violência atingiu a Jamaica após a decisão do governo de extraditar Coke. Mais de 200 pessoas foram presas durante as tentativas de capturar o criminoso. O clima de insegurança levou os habitantes de Kingston a viverem sob estado de emergência.
As forças de segurança tiveram grande dificuldade para entrar e controlar os bairros de Tivoli Gardens e West Kingston, onde Coke se escondia com o apoio da população mais pobre, que era ajudada por ele. . Procuradores dos EUA acusam Coke de ser o actual líder da “Shower Posse,” quadrilha que cometeu centenas de assassinatos durante guerras entre traficantes de cocaína na década de 1980. A Justiça americana acusa Coke e seu bando de abastecer Nova York e outras cidades da costa leste americana com maconha e cocaína, provocando as guerras entre quadrilhas rivais.
Coke comandava uma violenta milícia local e era um grande aliado do Partido Trabalhista, actualmente no governo. O primeiro-ministro(PM) jamaicano, Patrick Allen, teve apoio do traficante para ser eleito como representante da região que é reduto de Coke.
Por isso, inicialmente, o PM jamaicano rejeitou o pedido americano de extradição, alegando que as provas teriam sido obtidas de forma ilegal. O episódio azedou as relações entre Kingston e Washington. Allen, no entanto, acabou cedendo e aceitando extraditá-lo para os EUA.

Fonte: SAVANA - 25.06.2010

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