terça-feira, novembro 04, 2008

O apoio à candidatura de Daviz Simango excede as expectativas

Claro que a candidatura de Daviz Simango precisa ainda de mais apoio, mas a revelação do vertical é encorajadora, um vez que a parte financeira fica resolvida, por um lado. Por outro, esta doação mostra quão somos solidários pela causa de democracia, justiça e boa governação.
Eis o artigo:

"A procisão ainda vai no adro" - ditado popular

(Beira) Os níveis de apoio à candidature independente de Deviz Simango, actual edil da Beira e concorrente a sua própria sucessão nas Eleições Municipais de 19 de Novembro corrente, sob ponto de vista monetário relacionados com a campanha eleitoral, estão excedendo as expectativas , conforme fonte próxima do edil dos beirenses pois, a abertura da conta bancária com vista a angariar apoios, está sendo alvo de estupefação por parte de um gestor bancario de certo banco commercial que chegou a situar que o patamar de doaçoes situa-se por dia na orde dos 300 mil Meticais.

De acordo com a mesma fonte em contacto com o «vt», a conta aberta no sentido de apoiar o edil Simango, está presentemente com um fundo cumulativo estimado em cerca de 7 milhoes de Meticais e tal atesta o interesse de várias camadas da sociedade beirense e não só, na vitória do mais jovem edil do país na pressecussão dos destinos da Beira por mais 5 anos.

A divulgação destes dados em exclusivo ao «vt», surgem a propósito de o repórter deste jornal electrónico ter questionado ao elemento próximo do edil da 2ª maior urbe, sobre as recentes alegadas acusaçoes no decorrer da 24ª Sessão Ordinária da Assembleia Municipal da Beira, em que a Bancada da Frelimo, acusava Deviz Simango no desvio 5 de milhoes de Meticais dos cofres municipais para fins de promoção da sua imagem, conducentes a fins de propaganda política direccionadas às eleiçoes municipais.

Fonte: Vertical edicão nº 1694 de 03.11.2008

4 comentários:

Matsinhe disse...

Reflectindo,

Há uma coisa que me tem preocupado nesta candidatura! É conhecida a força da Renamo na Beira e a inserção do meu partido (FRELIMO) na Beira. Admitindo que o tio do meu primo ganhe, como governará ele, sem o apoio de uma estrutura partidária capaz de avalisar os seus planos e orçamentos?

Reflectindo disse...

Caro Matsinhe
A sua pergunta é muito importante e de facto o Jorge Saiete já a havia feito neste espaço. Entretanto, acho ser de difícil resposta porque será pela primeira vez que teremos um município gerido por um presidente “independente”. É difícil que com as nossas especulações, acertamos o comportamento de cada deputado na futura Assembleia Municipal da Beira ou qualquer outra em que um independente vai ganhar. Daviz tem apoio da maioria renamista.
Porém, parece que o Homem sabe agir em cada situação. Em 2003, houve pela primeira vez uma coabitação no Município de Marromeu onde a edilidade foi para a Renamo e a maioria da Assembleia foi para Frelimo. Pelos relatos, tudo funcionou bem senão muito bem. Em Nacala-Porto, embora a Renamo vencesse a maioria dos assentos na Assembleia e edilidade, Manuel dos Santos nomeou para alguns postos de vereador a membros da Frelimo e isto a revelia dos dois partidos. E para alguém que acompanhou o caso de Nacala-Porto, pode imaginar que na Beira, acontecendo o cenário que se desenha, haverá uma manifestação de espírito patriótico que partidário, daí Daviz poder governar sem problemas.

Ora, a questão de recusar a linha partidária, apostando servir o povo não é inédito com Daviz Simango e digam a Renamo e a Frelimo, em Nacala-Porto, em 2003, com o Manuel dos Santos, Herculano Miguel e António Ferreira Brito a apostarem servirem o Município e não somente os partidos. Neste contexto, imagino eu que mesmo alguns membros da Frelimo na Beira chegarão a tomar uma atitude patriótica, tal igual 19 dos 25 membros da Renamo recusaram-se a cumprir a ordem da liderança em Maputo e votaram em apoio a Daviz.

E se acontecer o contrário? Aí penso que exigirá a todos nós sugerirmos soluções para caso destes. A minha sugestão seria de o Presidente do município ter o poder de dissolver a assembleia municipal que reprovar o seu plano e orçamento por mais de três vezes.

Esta é apenas a minha opinião.

Abraco

Matsinhe disse...

Este é um caso que merece alguma reflexão. Prometo que estudarei o caso. Ignoro os contornos da legislação autárquica e as soluções desenhadas para furar o impasse que possa surgir de situações como estas.

era bom que o Xicuembo de marromeu e Nacal Porto se abatesse sobre os beirenses e trabalhassem em prol do Município e não dos partidos (A Beira que conheci em 2003 não tem nada a ver com a que conheço hoje para melhor). Mas Beira tem as suas peculiaridades. Parece um vulcão sempre promto para a ebolição.

Vamos ver se o tio do meu primo conseguirá atravessar o barco se ganhar (espero sinceramente que ganhe, não por ser tio do meu primo, mas por ser competente).

Reflectindo disse...

Concordo consigo Matsinhe, é mesmo um caso para uma profunda reflexão e ainda bem porque quando não há nada novo, as nossas cabeças tornam-se inertes. É pena que não temos a lei dos governos locais ou autarquias. Mesmo assim podiam aparecer outras opiniões.

Para quem é pela boa governação, competência, democracia não apoia a candidatura de Daviz Simango por alguma relação parantesca ou amigável, mas pela causa patriótica. Todos podem acreditar em mim que pessoalmente nunca me encontrei e falei mesmo a telefone com o Daviz e isso dá-me muita força porque sou pela causa patriótica.