sexta-feira, junho 16, 2006

Deixem o chefe do Estado cumprir a sua agenda - pede o "Governo-Sombra"



O "GOVERNO e Parlamento-sombra", uma coligação de partidos políticos da oposição no país, pediu à Agência Norte-Americana de Desenvolvimento (USAID) e ao Governo dos Estados Unidos da América, no sentido de deixarem o Chefe do Estado, Armando Guebuza, cumprir a sua agenda política do combate à pobreza absoluta, evitando interferir em assuntos que apenas dizem respeito aos moçambicanos.

Num encontro realizado domingo passado em Maputo, o grupo manifestou o seu desacordo pelo teor do relatório de 67 páginas feito circular pela USAID, em que se dizia, entre outras coisas, que a corrupção no nosso país estaria a alastrar-se rapidamente nos últimos vinte anos, tendo agora atingido praticamente todos os sectores, funções e níveis do Governo.

"O pronunciamento que a USAID atribui a pesquisadores que teriam elaborado o referido relatório, não é mais do que uma ingerência grosseira em questões internas dos moçambicanos. O combate à corrupção foi nomeado pelo Presidente da República, Armando Guebuza, como uma das principais agendas da sua governação e nós como oposição temos estado a acompanhar atentamente os esforços que o PR realiza para debelar este fenómeno. Logo, não se explica que estes senhores venham hoje a público afirmar que a corrupção atingiu praticamente todos os sectores, funções e níveis do Governo", disse o presidente daquela coligação partidária, Yaqub Sibindi.

Em declarações ontem ao nosso Jornal, ele foi mais longe ainda explicando que " se os americanos estão, de facto, preocupados em combater a “dita” corrupção em Moçambique, seria de bom tom se se preocupassem em canalizar mais apoios financeiros para reforçar o sistema nacional da justiça, ao invés de ameaçar a cortar os actuais apoios ao nosso país". "Seria de muito bom agrado se a USAID direccionasse mais dinheiro para a formação de juízes, procuradores e outro pessoal ligado à máquina judicial, isto para tornar estes órgãos mais fortes e actuantes. Seria também muito útil se a USAID apoiasse os projectos do combate à pobreza que o presidente Armando Guebuza tem estado a liderar com as suas frequentes visitas aos distritos deste país. As chantagens por via de ameaças não ajudam em nada . Só criam um clima de instabilidade interna e afugenta outros doadores", precisou.

Sibindi acha que qualquer corte de financiamentos a Moçambique serviria apenas para prejudicar o povo e não os ditos corruptos. "Logo, não é sensato que organizações ou países incitem os doadores a deixarem de apoiar os esforços do Governo do presidente Armando Guebuza, no combate à pobreza que afecta mais de metade da população moçambicana".

Tanto o Governo, na pessoa do seu porta-voz, o vice-ministro da Educação e Cultura, Luís Covane, quanto o Partido Frelimo, já vieram a público reiterar o comprometimento do Executivo em prosseguir os seus esforços no combate à corrupção no país.

Notícias - 2006-06-16

5 comentários:

Reflectindo disse...

Sendo ele da oposicão já foi fazer contas dos apoios canalizados pelos doadores para Mocambique? Como se combaterá assim a corrupcão se alguns agrupamentos de partidos ditos da oposicão se pactuam com este acto criminoso? Espero que o povo se aperceba do Sibindi e nas próximas não venha a dar algum voto a este senhor

Anónimo disse...

Sibindi, depois de 15 anos sem marcar algum passo é a altura de dizer adeus. Afinal já te tornaste lambeguebas????????????

Anónimo disse...

Caros Mocambicanos:

Nao restam duvidas que algus partidos da oposicao existem e funcionam apenas para defenderemn os interesses pessoais dos dirigentes dos mesmos.

Nao faz sentido quando um partido da oposicao defende a corrupcao ainda cometida pelo partido no poder. Noutros paises e em casos differentes de Mocambique, os partidos da oposicao aproveitam a ma' deplomacia e a corrupcao praticadas pelo governo no poder para insentivarem as sua deplomacias partidadria para um lucro eleitoral.

Em Mocambique isso nao acontece. Sera' que esses partidos tem mesmo a ambicao de governar? Bem, e' triste. Isto implica que o povo Mocambicano nao tem onde depender para eliminacao dos actos de corrupcao em Mocamique. O governo fomenta a corrupcao e a oposicao "Governo Sombra aprecia e defende ao governo. Ate' quando istoi vai acontencendo?

Catava

Anónimo disse...
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Anónimo disse...

Meu caro Catava

É exactamente isso que dizes e muito triste. Aqui na Franca nunca ouvi gafas como estas do Sibindi. Estou desolada!